A PENSÃO


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u , encontrava-me de férias na casa de uma amiga em Petrópolis, no Rio de Janeiro e resolvi sair à noite para bater um papo com um rapaz que havia trabalhado comigo numa rádio naquela cidade. Lembro-me que conversamos bastante e falei para ele que estava com grande vontade de ir, no dia seguinte,conhecer a cidade de Juiz de Fora.. Já bem tarde da noite ele me acompanhou até o ponto de ônibus e voltei para casa de minha amiga que morava em um condomínio em lugar alto da cidade. Nesse transcurso caiu uma forte chuva e aproximava-se do ponto para soltar. O ônibus parou e desci. Mas descia muita água também e sem que ninguém visse caí num bueiro..Tive que fazer uma forte força para não ser tragado pelo volume de água da  chuva . Fiquei desesperado achando que iria morrer e que ninguém saberia do meu paradeiro. Entretanto mesmo com meu apavoramento conseguir sair todo sujo, molhado e cheirando mal. Apertei a  campanhinha  e relatei o fAto para a amiga . Entrei debaixo do chuveiro quente de roupa e tudo. Desinfetei o corpo com álcool e dormi. No dia, seguinte fui para Juiz de Fora e entrei num hotel no centro da cidade. Lembro-me que cheguei a perguntar ao rapaz da portaria o valor e quando quase já decido  a ficar olhei pelo vidro da janela e  vi na rua atrás do hotel uma  singela casa escrito pensão. Numa força estranha fui bater lá e parecia não ter ninguém. Até que uma senhora aparentando uns cinqüenta anos me atendeu : Educada , triste e  cordial ela colocou-me num quarto ao lado da sala, na qual eu já havia batido os olhos num quadro de parede com  uma linda jovem.. Dei uma saída a noite e  voltei não muito tarde e  olhei de novo o rosto daquela menina que parecia seguir-me. Adormeci e no dia seguinte, tal como cheguei na pensão não via ninguém e direcionei-me à cozinha onde havia uma mesa  posta com delicioso café . Sentei-me e nada de aparecer ninguém. Até que uns quinze minutos depois a senhora que havia me atendido surgiu dizendo que podia servir-me e se eu me importaria da presença dela a mesa . Disse que não,lógico! Assim, começamos a conversar e perguntei quem era a moça da foto. Ela falou era a filha e que tinha morrido a pouco tempo de leucemia. Era noiva fazia faculdade. Naquele momento eu me arrepiei e senti algo estranho e ela falou. Não sei por que quando vi você  chegar na pensão achei que  era alguém que ia trazer notícias da  minha  filha. Aí expliquei a ela que não se importasse com isso naquele momento. Aí ela falou: Mas acordei várias vezes à noite com minha filha conversando com um homem chamado  Dr. Fritz. Ela até ria e chorava de vez em quando. Eu não sei por que minha filha se apegou  a esse homem com suas conversas noturnas e até  a pedido dela comprei livros espíritas. Quem é esse homem você o conhece? Aí eu falei sim .eu também já o vi  e fiquei extasiado. Ela então de fisionomia mais tranqüila me fez muitas perguntas e disse: Deus que te mandou aqui . Sinto-me bem melhor. Peço-te desculpas. Você nem tomou seu café. Já estamos na hora do almoço. Nunca vou esquecer-me da sua presença  nessa casa. Respondi: Sua filha está bem e te manda um beijo. Que assim seja......

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