O SAPATO


Um dia acordei para trabalhar e fiz todo aquele ritual pela manhã .
Sempre que acordava mais cedo deixava toda minha roupa praticamente
  escolhida, assim como o sapato ou tênis. Bom  me arrumei coloquei o
  sapato e desci a ladeira para pegar o ônibus , famoso 999, que liga
  Niterói ao Rio de Janeiro. Tive sorte e consegui um lugar no assento
  final do ônibus. Meio com sono fui percebendo que alguma coisa estava
  incomodando-me na ponta do  pé esquerdo.  Sentia algo  mexendo e nesse
  momento não tive dúvidas: " Meu Deus pensei !!!!  Deve ser uma
  lacraia. Sempre tive medo dessa coisa..... Aí  comecei a ficar nervoso
  e notei que as pessoas já me observavam. Suando aquele negócio mexia.
  E se essa porcaria me  pica ? Pensava quase alto ......Não teve
> jeito: ao poucos fui disfarçando e cruzei as pernas sob olhares
> investigantes de alguns passageiros perto de mim . Dessamarrei o
> cadarço  e com muito medo ví nos olhos das pessoas que já estava
> achando que eu era louco. As fisionomias eram  de que alguma coisa  grave
> eu iria fazer. Até que tirei o pé do sapato sob olhares críticos e
> apavorantes . Nada !!!! Pensei.. seja o que for  vou sacudir o sapato.
> Seja o que Deus quiser !!! Bati o novíssimo sapato e lá estava ela
> molenga com dois gritos de mulheres. Barata !!!!. Sim uma barata toda
> molenga sufocada pelo meu dedão do pé esquerdo, Nojetanta. Traiçoeira.
> Repugnante....Esse dia nem almocei e passei a ter mais medo de baratas
> que das quase inocentes lacraias.